a polémica instalou-se.

muita tinta correu depois do meu último post. sinto-me forçado a retratar-me perante organizações tão representativas.

o primeiro mail que recebi foi da AECVCB - Associação de Estudantes Cabo-Verdeanos de Castelo Branco que se mostraram indignados com as minhas afirmações: "dadas as barreiras culturais e linguísticas, nunca as dificuldades de integração de um cidadão africano poder-se-ão comparar às de um contabilista no seu próprio país, apesar de ser notória a marginalização desta profissão"

outra mensagem que me chegou foi da ABRUNA - Associação de Brasileiros na Universidade de Aveiro. a ira e a revolta estava de tal forma presente nas suas palavras que não me permito citar tamanho vernáculo. porém, uma das ideias mais fortes foi o facto de sentirem que a imigrante brasileira era tendencialmente vista em Portugal como prostituta e que isso não se passava com a técnica contábil portuguesa.

não foram poucas as reclamações endereçadas por parte da comunidade ucraniana. todas pareciam possuir um tom bastante ameaçador. digo "pareciam" porque estavam escritas em russo, idioma que não domino.

por último, fui contactado pela ACIME - Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas que, para além da censura, questionou todos os números apresentados acusando-me de falsidade e pouco rigor.

a todas as pessoas visadas pelo meu último post gostaria de apresentar as minhas mais profundas e sinceras desculpas. considero que foi uma imprudência e uma insensatez pronunciar-me sobre realidades que não domino.

queria apenas deixar mais uma nota: até à hora que escrevo este post, não fui contactado pela CTOC - Câmara dos Técnicos Oficias de Contas, nem tão pouco por qualquer um dos seus associados.